segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tenho Tanto Sentimento Fernando Pessoa

Tenho Tanto Sentimento Fernando Pessoa


Tenho tanto sentimento
Que é freqüente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

ChildFREE


Filho é pra quem pode
Mônica Montone
"Eu, não posso! Apesar de ser biologicamente saudável.

Não posso porque desconheço o poço sem fundo das minhas vontades, porque às vezes sou meio dona da verdade e porque não acredito que um filho há de me resgatar daquilo que não entendo ou aceito em mim.

Acredito que a convivência é um exercício que nos eleva e nos torna melhores, mas, esperar que um filho reflita a imagem que sonhamos ter é no mínimo crueldade.

Não há garantias de amor eterno e o olhar de um filho não é um vestido de seda azul ou um terno com corte ideal. Gerar um fruto com o único intuito de ser perfumada por ele no futuro é praticamente assinar uma sentença de sal.

Filhos não são pílulas contra a monotonia, pílulas da salvação de uma vida vazia e sem sentido, pílula “trago seu marido de volta em 9 meses”.

Penso que antes de cogitar a hipótese de engravidar, toda mulher deveria se perguntar: eu sou capaz de aceitar que apesar de dar a luz a um ser ele não será um pedaço de mim e portanto não deverá ser igual a mim? Eu sou capaz de me fazer feliz sem que alguém esteja ao meu lado? Eu sou capaz de abrir mão de determinadas coisas em minha vida sem depois cobrar? Eu sou capaz de dizer “não”? Eu quero, mesmo, ter um filho, ou simplesmente aprendi que é para isso que nascemos: para constituir uma família?

Muitas das pessoas que conheço estão neurotizadas por conta de suas relações com as mães. Em geral, são mães carentes que exigem afeto e demonstração de amor integral para se sentirem bem e, quando não recebem, martirizam os filhos com chantagens, críticas e cobranças.

As mães podem ser um céu de brigadeiro ou um inferno de sal. Elas podem adoçar a vida dos filhos ou transformar essas vidas numa batalha diária cheia de lágrimas, culpas e opressões.

Eu, por exemplo, não consigo ser um céu de brigadeiro nem para mim mesma, quiçá para uma pessoinha que vai me tirar o juízo madrugadas adentro e, honestamente, acho injusto colocar uma criança no mundo já com essa missão no lombo: fazer a mamãe crescer.

Dar a luz a um bebê é fácil, difícil é ser mãe da própria vida e iluminar as próprias escuridões."

Não pude deixar de me identificar com esse texto, é lamentável ver mulheres(e homens) deixando de lado seus sonhos por convenções, justas ou ñ. Não se trata de desvalorizar o ato de gerar e educar uma criança, há pessoas que fazem isso magistralmente. Outras por serem "obrigadas a perpetuar a éspecie" criam sem educar, geram sem amar. Eu pelo pouco que me conheço afirmo: EU não posso ser mãe, e NÃO QUERO. Não somente pelos motivos acima relatados, mas por motivos coletivos tbm. O mundo está saturado de pessoas e carente de recursos. Como se não bastasse a delicadeza de definir o que é de direito nosso usufruir é inegável que já ultrapassamos esse limite. É certo que a decisão de ter ou não ter filhos não é tão limitada dentre as que escrevi e me motivaram a fazer a minha escolha, mas fico por aqui.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Só para descontrair rs

A Crise vista por um americano bem humorado.(recebido por e-mail)
**O sujeito é americano e se chama Marc Faber.**


Ele é Analista de Investimentos e empresário. Em junho de 2008,
quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia
americana, ele encerrava seu boletim mensal com um comentário
bem-humorado, não fosse trágico...

"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$
600,00.

* Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Wall-Mart, esse
dinheiro vai para a China.

* Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.

* Se comprarmos um computador, vai para a Índia.

* Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e
Guatemala.

* Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.

* Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan...

E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana. O único
meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e
cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por
aqui.

Estou fazendo a minha parte..."

**Comentário de um brasileiro igualmente bem humorado:**

"-Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior. Depois da
compra da Budweiser pela AmBev (meio belga, meio brasileira), restaram
apenas as prostitutas. Porém, se elas (as prostitutas) repassarem
parte
da verba para seus filhos, a maior parte dessa grana irá para
Brasília."

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O ultimo post foi perfeitamente finalizado pelos comentários de Ana e Dante^^


Por ironia do destino hoje já ñ posso esbanjar o mesmo otimismo. São duas imagens assustodaramente nitídas na minha mente:
-A primeira tipíca de um filme de suspense, suspendendo meus dois braços ao lado da cabeça procurando alguma orientação.
- A segunda uma corrente em meu calcanhar, geralmente esquerdo, ñ sei por que, me prendendo a alguma coisa fixa.

Não me reconheço, ñ me identifico e n gostaria de continuar sendo tão melancolica e dramática em muitos posts. Entendam que é apenas uma vauvula de escape, de qualquer forma, eu estou bem. Tetando lutar contra meus próprios erros/vicíos emocionais, mas acima de tudo viva e grata pelas bençãos q tenho. Mesmo que isso não transpareça neste espaço.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"Você precisa fazer aquilo que pensa que não é capaz de fazer." Eleanor Roosevelt

A ousadia deveria ser combustível chave da maioria das pessoas. Permitir-se ao incerto, desconhecido. Talvez amanhã continue falando sobre, hoje o soninho esta batendo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

"A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros."

Companias efêmeras são fáceis. Não precisam de identificação, intimidade, cumplicidade. Somente uma necessidade mútua de compania pelo curto prazo que é pedido. E sobre lealdade? É suficiente querer trabalhar com a lei de atração? Talvez o problema de muitos solitários ñ sejam os altos padrões internos, mas os baixos padrões externos.

Como pode redes de pessoas tão distantes se aproximarem tanto por tão "pouco"? Se quando a realidade bate o esquema é outro, isso não pode ser anulado da mesma forma. Quanto é possível sentir uma pessoa sem nunca te-la visto?

Não entendo o medo alheio em ficar sozinho. Se quando não toleramos a nós mesmos como iremos lidar com outras pessoas ainda mais estranhas? Não sou completa, mas também ñ tenho metade de laranja: primeiramente terei a mim mesma.