Dia mal começado, mas que devido a dois felizes encontros de conforto foi salvo.
"Com licença poética
Adélia Prado
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou." (já conhecido, mas felizmente recebi ele por e-mail)
Estava segundo antes pensando(ou dramatizando) coisas relacionadas a este dois temas enquanto fazia o agradável serviço de lavar louças. Depois entro aqui e seguidamente leio estas duas coisas, pode parecer bobo, mas isso me trouxe um conforto instânteneo.
Posso ter uma coletânea invejável de defeitos, esquisitisses e manias. Mas se tem uma coisa que me conforta em ser o que sou é saber que que meu poder de regeneração não para de crescer. Se isso é transmitido a outras pessoas, não me faz tanta diferença. Não quero confete, quero conforto. Busco minha paz de espiríto, meu espaço, minha evolução e o controle sobre a minha vida. Não estou onde e como eu quero, mas sei que tudo a minha volta tende a me fazer melhor e me ensinar a construir a "georgia" tão sonhada.
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